O pensamento filosófico se diferencia no tocante a possibilidade de pensar sobre si mesmo, ou seja, a capacidade de pensar sobre nossos atos e ações.
Com essa forma de pensar se busca delimitar conceitos e restringir o que de fato é importante e intrigante, facilitando a busca da resposta a que se propôs pensar.
Dentro do pensar filosófico existe a filosofia de vida, que consiste em raciocinar para a tomada de decisões mais urgentes e importante em algum momento da vida, como por exemplo, na dúvida entre dois empregos, neste caso se avaliará dentre as possibilidades qual dos empregos é o melhor, é neste momento que surgirá várias interrogações como parâmetro de decisão.
Ainda dentro do pensar filosófico sobre a vida, quantas vezes somos impulsionados a refletir e pensar sobre o que é o amor, a amizade, o medo, a coragem, a fidelidade, a solidão, a morte?
Tudo isso faz parte do pensar filosófico e que nem sempre suas concepções a respeito dessas questões estão em concordância com as opiniões dos seus colegas.
Uma das coisas que é muito importante pensar sobre nós mesmos é quem somos, de onde viemos, para onde vamos, porque existimos e coisas mais.
O fato é que poucas pessoas realmente querem pensar sobre isso, alguns tem medo da resposta que sua mente o levará, outro acham insignificante, outros não tem paciência para tal interrogações e etc., mas tudo isso é parte crucial do filosofar, do pensar.
Mas essa forma de pensar não é propriamente filosofia conceituada pelos filósofos, pois a filosofia propriamente dita vai muito mais além do pensar do senso comum, ela envolve conceitos próprios dos filósofos com linguagem bem específicas, envolto em argumentos rigorosos.
Qual a utilidade da filosofia?
Essa é uma pergunta que muitos fazem, também são variadas as respostas sobre essa questão.
Alguns pensam que a filosofia é muito importante para a vida, para responder a problemas do cotidiano, já outros dizem que isso é tolice, é para quem não tem nada para fazer e coisas semelhantes.
Atualmente vivemos em uma sociedade em que todas as informações são dadas a nós já pensada e mastigada, não sendo mais necessário pensarmos, com isso, ficamos cada vez mais preguiçosos intelectualmente.
O grande problema nessa estrutura social é que não temos autonomia própria, não pensamos por nós mesmos, mas somos sujeitos dos pensamentos e ideias de outras pessoas. Isso nos faz perder a prática do exercício mental.
Diante do mundo mecanicista e com tamanha aceleração na propagação das informações veiculadas, e com essas muitas fake News, é preciso pensar, estudar e se apropriar da veracidade das informações, e para isso é necessário tempo para pensar e refletir sobre o que realmente importa e o está relacionado com o maior teor de verdade.
Sabemos que nas relações sociais há uma luta constante pelo poder, onde surgem estruturas sempre novas com fim de concentrar tais poder para si.
A filosofia tem um papel de suma importância para desmistificar o poder e não deixar que as pessoas se tornem escravos de ideologias pregadas que aprisionam boa parcela da sociedade.
E esses mecanismos de poder sempre usam o termo verdade como cadeias para aprisionar as pessoas, neste caso a filosofia surge como libertadora por meio da racionalização do real, minando as falácias que são pregadas por meio de analises do contexto social ao qual estamos inseridos.
E essa ação pode ser empregada seja a ciência, do ensino, da tradução, da pesquisa, da medicina, da família, da política, do fato carcerário, do sistema burocrático, sendo o mais importante tirar a máscara desses meios opressivos.
Mesmo sendo a busca da verdade um princípio fundamental da filosofia, haverá pensadores que se deixarão comprar pelo poder, apoiando ideias dos poderosos e deixando de lado o ideal da verdade, ou em busca de reconhecimentos pessoais deixará de lado o pensar corretamente em busca de outros fins satisfatórios.
Depois de falar um pouco sobre a filosofia, a partir de então você pode estar se perguntando: como saberei que é hora de filosofar?
Essa pergunta pode ser respondida facilmente, pois uma das características do filosofar é a admiração, ser capaz de se surpreender-se com o óbvio, quando isso lhe acontecer saberá que é a hora de problematizar o espanto, tendo na consciência que a filosofia também pode se definir como uma busca constante, permanente.
Para uma melhor capacidade do ato de filosofar tem que buscar compreender o que os filósofos anteriores escreveram, pensaram e refletiram.
Isso contribuirá para aprendermos formas de pensamentos, e ainda métodos que foram elaborados por pensadores no decorrer da história da filosofia.
Mas essa busca não pode se encerrar aí, é preciso se colocar em prática o exercício filosófico, ou seja, é necessário que nos tornemos autônomos na nossa forma de raciocinarmos, sendo autores dos nossos próprios pensamentos.
Não podemos receber os pensamentos dos filósofos como algo acabado, pois a filosofia é um processo em constante movimento, o que significa dizer que ela nunca estará totalmente terminada, estará sempre em construção.
Dessa forma, somos convidados a lermos os pensadores não com o pensamento passivo, mas como pessoa que acolhe e analisa os fatos, concordando ou discordando do que os intelectuais escreveram.
Com o que foi descrito até aqui, derrepente possa surgir uma questão dessa maneira: o filósofo terá resposta para tudo?
Claro que não! Mas o mesmo estará sempre interrogando o mundo, as pessoas, as coisas em busca de uma melhor compreensão e entendimento a respeito de tudo o que o cerca.
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